segunda-feira, 19 de setembro de 2016

HISTÓRIA DA MÚSICA SERTANEJA

A ORIGEM E HISTÓRIA DA MUSICA SERTANEJA!

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A música sertaneja surgiu ainda na década de 10. O pioneiro desse gênero foi o jornalista e escritor Cornélio Pires que costumava trazer para os grandes centros os costumes dos caipiras. Desde encenações teatrais a cantores de estilos como o catira, etc. Em 1912 Cornélio lançou um livro chamado Musa Caipira, que trazia versos típicos. No início da década de 20 uma instituição liderada por Mario de Andrade promoveu uma semana para divulgação da arte brasileira, onde pela primeira vez foi montado um grupo intitulado de sertanejo, com instrumentos simples como a viola caipira, misturando alguns ritmos como o Catira, Moda de Viola, Lundu, Cururu, etc, valorizando ainda mais o trabalho de Cornélio Pires. O primeiro registro de um grupo de música sertaneja foi datado de 1924 (A Turma Caipira de Cornélio Pires), formada por violeiros como Caçula e Sorocabinha e alguns outros tão importantes da época. O primeiro registro fonográfico do estilo deu-se em 1929 quando Cornélio Pires, desacreditado pela gravadora Colúmbia, resolveu bancar do seu próprio bolso a gravação e edição do primeiro álbum, que em poucos dias de lançamento esgotou-se nas lojas. Começava daí o interesse pelo estilo por parte das gravadoras. Assim como na música Country americana, uma gravadora que se interessou pela gravação desse trabalho foi a RCA-Victor que convidou o violeiro Mandy para montar um outro grupo intitulado Turma Caipira da Victor, nascendo uma concorrência sadia entre os dois grupos e as duas gravadoras. Já com inúmeros adeptos e crescendo a cada ano mais e mais, na década de 20 começaram a surgir as primeiras duplas como Mariano e Caçula, Zico e Ferrinho, Sorocabinha e Mady, na maioria violeiros das turmas do Cornélio e da Víctor. Na década de 30 surge, sem dúvida, uma das mais importantes duplas sertanejas de todos os tempos (Alvarenga e Ranchinho) que além de tudo eram muito alegres e engraçados. Uma curiosidade sobre a dupla é que de tanta “descontração” foram presos pelo governo de Getúlio Vargas. E muitas outras duplas formaram-se, algumas trazendo a tristeza do sertanejo no peito, outras mostrando o lado alegre do caipira, etc. No Ano de 1939 a dupla Raul Torres e Serrinha inovaram introduzindo na música sertaneja o violão. Mais para frente Raul Torres e Serrinha inovaram novamente criando o primeiro programa de rádio dedicado à música sertaneja, transmitido pela Rádio Record, com a participação de José Rielli, o programa chamava-se Três Batutas do Sertão. Surgiram vários nomes importantes da música sertaneja e o movimento que até então era apenas do eixo São Paulo-Minas Gerais passou a se expandir por todo o país, nascendo influências regionais como as do Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco (Estado de Raul Torres), Mato Grosso, etc.
O TERMO
O termo sertanejo, do qual a expressão música sertaneja deriva, significa o habitante do sertão nordestino, isto é, a região seca do Nordeste brasileiro. Entretanto, o gênero Música Sertaneja, se refere atualmente não à música da região sertaneja, mas à música originalmente produzida e consumida na área cultural caipira, localizada ao Sul da área sertaneja
AS TRÊS FASES DA MUSICA SERTANEJA
A história da música sertaneja pode ser dividida em três fases, levando em consideração as inovações que vão sendo introduzidas no gênero. De 1929 até 1944, como música caipira ou música sertaneja raiz; do pós-guerra até os anos 60, numa fase de transição; e do final dos anos 60 até a atualidade, como música sertaneja romântica.
Primeira fase (1929 – 1944)
Na primeira fase os cantadores interpretavam modas-de-viola e toadas, canções estróficas que após uma introdução da viola denominada “repique” falavam do universo sertanejo numa temática essencialmente épica, muitas vezes satírico-moralista e menos freqüentemente amorosa. Os duetos em vozes paralelas eram acompanhados pela viola caipira, instrumento de cordas duplas e vários sistemas de afinação (como cebolinha, cebolão, rio abaixo) e mais tarde também pelo violão. Artistas representativos desta tendência, mesmo que gravando em época posterior, são Cornélio Pires e sua “Turma”, Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, Pena Branca e Xavantinho.
Segunda fase (1945 – anos 60)
Os intérpretes mais famosos de música caipira são a dupla Tonico e Tinoco. Em 1946, eles gravaram «Chico Mineiro», de Tonico e Francisco Ribeiro (Continental 15.681), um clássico da música caipira que narra a história de um boiadeiro que descobre ser irmão de seu vaqueiro (Chico Mineiro). Mas este parentesco só é revelado após a morte de Chico. Tonico e Tinoco, em sua performance usam somente a viola caipira e o violão acústico como instrumentos acompanhadores, e como todas as duplas de música sertaneja raiz cantam toda a peça num dueto com vozes paralelas num intervalo de terça. Uma narrativa típica descreve a dureza da vida no sertão e o caráter reservado do sertanejo. Os personagens principais da música caipira são ou vaqueiros, ou os animais com quem o vaqueiro lida no seu cotidiano: gado, mulas, pássaros, etc. O caráter das peças é épico nas narrativas que falam da vida, morte, e fatalidades da vida no sertão
Após a guerra introduzem-se instrumentos (harpa, acordeom), estilos (duetos com intervalos variados, estilo mariachi) e gêneros (inicialmente a guarânia e a polca paraguaia e mais tarde o corrido e a canção ranchera mexicanos). Surgem novos ritmos como o rasqueado (andamento moderado entre a polca paraguaia e a guarânia), a moda campeira e o pagode (mistura de catira e recortado). A temática vai ficando gradualmente mais amorosa, conservando, no entanto um caráter autobiográfico. Artistas desta fase de transição são Cascatinha e Inhana, José Fortuna (adaptador da guarânia), Luizinho, Limeira e Zezinha (lançadores da música campeira), Nhô Pai (criador do rasqueado), Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, Tião Carreiro (criador do pagode) e Pardinho e, já na década de 70, Milionário e José Rico.
Fase Romantica
A fase moderna da música sertaneja inicia-se no final dos anos 60 com a introdução da guitarra elétrica e o chamado “ritmo jovem”, por Leo Canhoto e Robertinho. O modelo é a Jovem Guarda, sendo que um de seus integrantes, Sérgio Reis, começa a gravar o repertório tradicional sertanejo, contribuindo para a penetração mais ampla do gênero. Nesta modalidade de música sertaneja os cantores alternam solos e duetos para apresentar canções, muitas vezes em ritmo de balada, que tratam principalmente de amor romântico, de clara inspiração urbana. Algumas canções classificadas como sertanejas nas paradas de sucesso são às vezes interpretadas totalmente por solistas dispensando o recurso tradicional da dupla. Os arranjos instrumentais dessas músicas adicionam instrumentos de orquestra além da base de rock, já incorporada ao gênero. Artistas representativos desta última tendência são Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, Christian e Half, Trio Parada Dura, Chico Rei e Paraná, João Mineiro e Marciano, Nalva Aguiar e Roberta Miranda.
No final dos anos 60 o duo Leo Canhoto e Robertinho introduziram a guitarra elétrica na música sertaneja, começando uma tendência seguida por vários músicos. «Soldado sem farda» de Leo Canhoto, é um exemplo típico: instrumentação básica de rock (guitarra elétrica, baixo elétrico, e bateria) e a batida chamada de «ritmo jovem». A canção, escrita durante a ditadura militar, argumenta que o trabalhador rural é tão defensor da pátria quanto o «soldado fardado.
Um marco na música sertaneja romântica é a canção «Fio de Cabelo» de Marciano e Darcy Rossi, interpretada pela dupla Chitãozinho e Xororó. A canção menciona um fio de cabelo encontrado num paletó, um remanescente de uma relação amorosa. É escrita em ritmo de guarânia, que como disse acima, foi incorporado ao gênero.
O estilo musical de «Fio de cabelo» se encontra bastante distante da tradicional música caipira. Enquanto as modas e toadas caipiras têm um contorno melódico mais próximo da linguagem falada, a melodia ondulada da música sertaneja romântica cobre uma extensão grande de notas. Enquanto os cantadores caipiras narram suas canções épicas e bucólicas, acompanhados por viola e violão acústicos, os cantores de música sertaneja romântica, interpretam suas canções de amor acompanhados por uma orquestra de dança (cordas, sopros, bateria, guitarra elétrica e ou teclado eletrônico, e baixo elétrico).
 Durante os anos oitenta, houve uma exploração comercial massificada do sertanejo, somado, em certos casos, à uma releitura de sucessos internacionais e mesmo da Jovem Guarda. Dessa nova tendência romântica da música sertaneja surgiram inúmeros artistas, quase sempre em duplas, entre os quais, Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, João Mineiro e Marciano, Gian e Giovani, Rick & Renner, Gilberto e Gilmar, além das cantoras Nalva Aguiar e Roberta Miranda.
Duplas famosas lindas canções
Nos anos 70 e 80 uma série de duplas sertanejas fizeram sucesso com canções inesquecíveis,duplas como :Allan e Aladim, Christian e Ralf,Chitãozinho e Xororó apareceram na midia e fizeram grande sucesso com musicas inesqueciveis
EVIDÊNCIAS

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